O Tribunal de Contas da União (TCU) abriu uma representação para apurar a licitação pelas Forças Armadas de 35 mil comprimidos de citrato de sildenafila, substância mais conhecida como viagra, nome de um dos principais medicamentos para disfunção erétil do mercado.
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A representação, aberta na última terça-feira, é relatada pelo ministro Weder de Oliveira e tem por objeto apurar o suposto "desvio de finalidade em compras de 35.320 comprimidos de citrato de sildenafila, popularmente conhecido como viagra, e a comprovação de superfaturamento de 143%", de acordo com informações do processo.
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O caso foi trazido à tona pelo deputado Elias Vaz (PSB-GO), que na segunda-feira denunciou a compra do medicamento utilizado para impotência sexual pelas Forças Armadas, tendo como base informações do portal da transparência. O parlamentar enviou requerimento pedindo explicações ao Ministério da Defesa.
Em nota, o Ministério da Defesa justificou a compra afirmando que "a aquisição de sildenafila visa o tratamento de pacientes com hipertensão arterial pulmonar". A pasta acrescentou que os "processos de licitação e compra de medicamentos seguem os preceitos legais previstos e as demandas do Sistema de Saúde do Exército, responsável por prover assistência médico-hospitalar a militares e seus dependentes, totalizando mais de 700 mil pessoas".
O Exército, a Marinha e a Aeronáutica também divulgaram nota afirmando o objetivo de utilizar o remédio para o tratamento de hipertensão arterial pulmonar. Na quarta-feira, o presidente Jair Bolsonaro comentou a compra de viagra, dizendo que a quantidade licitado "não é nada" diante do contingente das Forças Armadas e que o medicamento é utilizado sobretudo por "inativos e pensionistas".
*Com informações da Agência Brasil